Montar um portfólio profissional pode parecer, em alguns casos, o maior desafio da carreira de um profissional criativo. Não só pela quantidade de peças que desenvolve, mas pela evolução criativa que ele percorre.
Com o passar do tempo, várias plataformas foram desenvolvidas para os profissionais demonstrarem os seus trabalhos e, se tiverem sorte, “fisgar” um cliente por um layout bonito. É nesse ponto que vamos fixar nossa reflexão.
O portfólio do profissional criativo deve demonstrar a sua capacidade em resolver um problema/briefing através de uma solução criativa. E não demonstrar a quantidade de peças “criativas” que o profissional consegue criar. Veja bem, existe um paralelo bem próximo e conflitante nessas duas situações.
Quando focamos o nosso portfolio para uma explicação de algum projeto criativo, estamos demonstrando, através de um planejamento do seu portfólio, o caminho criativo que foi percorrido para chegar a uma determinada solução. Seguindo perguntas simples como:
Dessa forma, além de mostrar a criatividade, deixamos claro que a solução não é apenas “uma marca bonita”, mas sim uma série de fatores, como materiais, estudos, testes e finalização que fizeram aquele trabalho nascer e cumprir sua função. Diferente de ter um portfólio “catálogo”, onde você cria 32 marcas e faz a aplicação do trabalho em mockups de identidade visual + redes sociais.
Não tem nada de errado em um portfólio “catálogo”, porém esse tipo de exposição pode levar o seu cliente a fazer algumas leituras sobre o tipo de profissional que você é.
Inclusive, isso pode afetar até o seu orçamento. Nessa situação, é mais propício o cliente escolher combinações de peças que ele viu no seu portfólio para assim “criar a dele”.
Por isso, sempre sugerimos o reforço da história para contar a criação do seu projeto. Através dela você demonstra profissionalismo, estudo e credibilidade em prática. Assim, o cliente entende melhor o processo de criação e tende a valorizar mais o seu orçamento. Mas claro que toda regra tem sua exceção, para ambos os casos.
Agora vamos criar o nosso portfolio. Qual formato escolher? Por onde começar? É melhor um portfólio físico ou online? São muitas perguntas e muitos formatos, então vamos sugerir alguns e comentar sobre eles. Confira!
1 – Físico
O portfolio físico pode não estar tão na moda mais, mas já foi a melhor forma de apresentar trabalhos para os clientes.
Consiste em reproduzir as suas melhores peças desenvolvidas em formato de “boneca” e entregar pessoalmente em alguns escritórios de comunicação.
Formato boneca: Objeto demonstrativo de trabalho gráfico com mais de duas páginas destinado a ser impresso. Confeccionado no mesmo formato em que se pretende imprimir o trabalho em questão, funciona como um layout e orienta o paginador ou o arte finalista, com o desenho das páginas a serem montadas e com a disposição de cada página em relação a outra. Seu principal objetivo é demonstrar como deverá ser a peça final depois de impressa e montada.
Hoje em dia, o portfólio físico pode ser um grande diferencial competitivo dependendo do quanto de criatividade você coloca nele. Vamos deixar aqui alguns exemplos de portfólio físico para você se inspirar!
Mas lembrem de um ponto importante na hora de criar seu portfólio físico: Seja criativo, seja objetivo e crie seu diferencial. Aqui não é sobre quantidade de peças, mas sim pela criatividade apresentada.
2 – Em plataformas online
Pode ser a solução mais prática e barata para a criação do seu portfólio. Mas se você pensa que qualquer plataforma serve para o seu trabalho criativo, está muito enganado. Existem diversas plataformas que prestam esse serviço, mas vale ficar de olho se a plataforma vai potencializar e enriquecer seu trabalho.
Por exemplo, o Behance é uma ótima plataforma para portfólio, certo? Existe uma comunidade forte de criativos que usam essa plataforma, mas a pergunta é: será que ao inserir as imagens o cliente vai entender toda a complexidade do trabalho de um designer?
Porém, para ilustradores o Behance definitivamente é uma ótima opção de portfólio, além de ser um ótimo ambiente para conhecer e se inspirar em outros artistas.
3 – Um portfólio, o seu site!
Agora, se você estiver disposto a investir tempo e criatividade, ter um site próprio com seu portfólio é definitivamente a melhor opção. Além de proporcionar a liberdade da hierarquia das informações, você pode criar interações completamente diferenciadas de qualquer plataforma.
Um outro motivo de ter um portfólio/site é a possibilidade de fazer vendas online dos seus serviços, possibilitando diversas formas de negociação entre outras informações sobre sua carreira profissional.
1- Seja objetivo
Seja objetivo no que e como você vai apresentar os seus trabalhos. É muito importante lembrar que o profissional criativo não vai estar do lado do cliente para explicar todo processo criativo. Por isso seja claro nas informações e na forma de apresentação do seus projetos.
2 – Menos é mais
Foque em 5 projetos em que você é capaz de mostrar suas habilidades criativas, marca, animação, ilustração, fotografia, sites etc.
É melhor um cliente passar mais tempo observando e estudando um projeto do que ficar com o olhar perdido em várias opções.
3 – Cuidado com Mockups
O uso de mockup em portfólio tende a deixar o trabalho mais apresentável em alguns casos por chegar próximo a realidade da produção do material. Porém, cuidado no uso excessivo de mockups, não utilize em peças que não faça sentido com o trabalho desenvolvido.
Acreditamos que o portfólio não precisa ser tão complexo. É natural ele “mudar de cara” ao longo da sua carreira e isso é um ótimo sinal de evolução criativa. O segredo é colocar a mão na massa e estudar o impacto das suas peças nas pessoas e clientes.
Fonte: HostGator